Olá, leitor!
No dia a dia, nos deparamos com situações em que o nosso conhecimento gramatical é exigido, mesmo que implicitamente.
Apesar das exigências, esses processos acabam se tornando naturais e poucos deles são reconhecidos sempre que utilizados.
Um destes conteúdos gramaticais é o Caso Possessivo que, é um dos mais usados em várias línguas e quase sempre esquecido ou deixado de lado na hora do aprendizado.
Isso pode tornar simples conversas em inglês uma verdadeira bagunça e gera muitos erros simples, mas que diferenciam as pessoas fluentes na língua inglesa dos iniciantes.
O Caso Possessivo em Inglês
A forma ou caso possessivo é usado com nomes referentes a pessoas, grupos de pessoas, países e animais. Este tipo de estrutura gramatical mostra uma relação de pertencimento entre uma coisa ou pessoa e outra coisa ou pessoa. O caso possessivo tem, em sua ideia mais básica, a mesma função que o caso possessivo da língua portuguesa
A Estrutura dos Casos Possessivos em Inglês
A estrutura ou formação dos casos possessivos em inglês é um assunto relativamente fácil (acredite ou não). Para formar o caso possessivo, adicione o apóstrofo (‘) + s ao substantivo. Se o substantivo é plural, ou já termina em s, basta adicionar um apóstrofo (‘) após o s. Observe estes exemplos mais comuns para entender como o apóstrofo (‘) e os nomes trabalham juntos formando o caso possessivo:
- The Car’s Headlight
- Francis’ car
- Joanna’s book
- A Hard Day’s Night
A maioria dos especialistas dizem que o -s depois de Francis não é necessário e que adicionar apenas o apóstrofo (Francis’ car) será suficiente para mostrar caso possessivo. Consistência é a chave aqui: se você optar por não adicionar o -s com apóstrofo depois de um substantivo que já termina em s, faça-o de forma consistente em todo o texto.
Alguns outros especialistas em língua e gramática recomendam adicionar os “s” com apóstrofo, sendo assim, escolha o que lhe convém melhor. Mas você também descobrirá que alguns substantivos, especialmente nomes próprios, especialmente quando há outros sons -s e -z envolvidos, se transformam em palavras confusas com pronúncia e som desajeitados quando você adiciona outro s. Observe o exemplo abaixo para entender isso melhor.
- “That’s old Mrs. Chambers’s estate.” (Essa é a antiga propriedade da Sra. Chambers.)
DICA: Neste caso, a melhor opção seria usar a seguinte denominação no caso possessivo:
- “Mrs. Chambers’ estate.” (propriedade da Sra. Chambers).
Há outra maneira de contornar esse problema de casos possessivos com substantivos terminados: usar as frases com o termo “of” para determinar o caso possessivo, assim como acontece na língua portuguesa. Por exemplo, provavelmente diríamos algo como o seguinte termo “Constitution of Illinois,” (Constituição de Illinois), em oposição à “Illinois’ (ou Illinois’s) Constitution.” Entretanto, perceba que esta ferramenta é bastante específica e não deve ser utilizada para termos mais comuns, como “Jack’s dog” (o cachorro do Jack), visto que as regras gramaticais do português e suas construções frasais não se aplicam à língua inglesa.
Para responder a essa pergunta sobre Illinois existem ainda outros fatores que influenciam na sua decisão, você deve saber que a maioria das palavras que terminam em um “s” não-pronunciado formam seu possessivo adicionando um apóstrofo + s. Por isso, escreveríamos sobre “Illinois’s next governor” (o próximo governador de Illinois), “Arkansas’s former governor” (o ex-governador do Arkansas) e a “the Marine Corps’s policy” (a política do Corpo de Fuzileiros Navais). Entretanto, muitas palavras não inglesas que terminam com um “s” ou “x” silencioso formarão seus possessivos apenas com um apóstrofo. Então, escreveríamos “Alexander Dumas’ first novel” (o primeiro romance de Alexander Dumas) e “this bordeaux’ wine” (este vinho de bordeaux).
De acordo com o alguns outros guias gramaticais, há certas expressões que terminam em ‘s’ ou o som de ‘s’ que tradicionalmente requerem apenas um apóstrofo, como nos exemplos a seguir: “for appearance’ sake” (por causa da aparência), “for conscience’ sake” (por causa da consciência), “for goodness’ sake” (pelo amor de Deus).
Além disso, também se sugere que quando uma palavra termina em um s duplo, é melhor escrevermos seu possessivo apenas com um apóstrofo: “the boss’ car” (o carro do chefe), “the witness’ statement” (a declaração da testemunha). Muitos escritores insistem, no entanto, que nós realmente ouvimos um som “es” ligado às formas possessivas dessas palavras, então um apóstrofo é apropriado: “boss’s car” (o carro do chefe), “witness’s statement” (a declaração da testemunha). Se a aparência dos três ‘s’ seguidos não incomodar você, use essa construção.
Quando queremos o possessivo de um nome de família pluralizado, pluralizamos primeiro e depois simplesmente tornamos o nome possessivo com o uso de um apóstrofo. Assim, poderíamos viajar “the Smiths’ car” (no carro dos Smiths) quando visitarmos os Joneses (membros da família Jones) na Joneses’ home (casa dos Jones). Quando o último nome termina em um som “z”, geralmente não adicionamos um “s” ou o “-es” e simplesmente adicionamos o apóstrofo: “the Chambers’ new baby” (o novo bebê do Chambers).
Demais Variantes do Caso Possessivo
Casos Possessivos Compostos
Quando você está mostrando posse com substantivos compostos, a colocação do apóstrofo depende se os substantivos estão agindo separadamente ou juntos. Para entender esta lógica com mais segurança, observe os exemplos abaixo:
- Miguel’s and Cecilia’s new boats are in the parking lot. (Os barcos novos do Miguel e da Cecilia estão no estacionamento.)
DICA: Observando o exemplo dado acima, você pode perceber que isso significa que cada um deles tem pelo menos um barco novo e que sua propriedade é uma questão separada. Ou seja, cada indivíduo e portanto, também seu caso possessivo, corresponde a um objeto individualmente.
Agora, compare o exemplo anterior com o que vamos mostrar a seguir, e perceba como acontece uma mudança clara no sentido da frase.
- Miguel and Cecilia’s new boats are in the parking lot. (Os barcos novos do Miguel e da Cecilia estão no estacionamento.)
DICA: Essa construção de frase nos diz que Miguel e Cecilia compartilham a propriedade desses carros. É também importante ressaltar que, o caso possessivo (indicado por ‘s) pertence a toda a frase, não apenas a Cecília.
Depois de observar e analisar estes dois exemplos mais básicos, você pode ver claramente a importância do posicionamento do caso possessivo (apóstrofo ‘s’) na formação de frases com dois ou mais sujeitos. Entender quando usar cada uma das situações é a chave aqui, ao conhecer este momento, você sabe exatamente o que está dizendo e que mensagem está passando. É também importante prestar bastante atenção na colocação do caso possessivo, porque a priori, ele pode parecer complicado, especialmente nesses pequenos detalhes que fazem toda a diferença nas frases. Isso acontece, porque na língua portuguesa não temos a mesma construção do caso possessivo e, como você pode observar nas traduções de ambos os exemplos, a posse individual ou compartilhada não fica muito clara ao receptor da frase no português.
Observe agora outros exemplos que podem te ajudar a fixar o conteúdo visto acima:
- Paul and Ana’s expectations were very much the same. (As expectativas de Paul e Ana eram basicamente as mesmas.)
DICA: Esta construção nos diz que os dois sujeitos mantiveram um conjunto de expectativas em comum.
- Paul’s and Ana’s expectations were altogether different. (As expectativas de Paul e Ana eram completamente diferentes.)
Isso significa que as expectativas dos dois sujeitos eram diferentes (bastante óbvias pelo o que a frase diz também). A propriedade separada escrevendo é indicada adicionando o apóstrofo com um ‘s’ em ambos os substantivos próprios compostos.
Quando uma das pessoas que tem a posse de um composto possessivo é um pronome pessoal, temos que colocar destas suas pessoas ou sujeitos na forma possessiva ou acabamos com uma formulação errônea da frase:
- “Bill and my car had to be towed last night.” (Bill e meu carro tiveram que ser rebocados ontem à noite).
- “Bill’s and my car had to be towed last night.” (O carro do Bill e o meu carro tiveram que ser rebocados ontem à noite.)
DICA: Aqui, a primeira frase tende a indicar que o sujeito Bill foi rebocado junto com o carro do interlocutor, o que está completamente fora da realidade. O certo aqui, seria utilizar o segundo exemplo, onde se percebe claramente que haviam 2 carros a serem rebocados.
Casos Possessivos e os Gerúndios
Formas possessivas são freqüentemente modificadores de formas verbais usadas como substantivos ou gerúndios. Usar o caso possessivo afetará a maneira como lemos a sentença. Como você vai poder entender no exemplo a seguir:
- “I’m worried about Joe running in the park after dark” (Estou preocupado com Joe correndo no parque depois de escurecer)
DICA: Isso aqui significa que o sujeito está preocupado com Joe e com o fato de ele correr no parque depois de escurecer (a palavra “running” é um particípio presente que modifica Joe).
Por outro lado, o exemplo apresentado a seguir coloca a ênfase na corrida que Joe está fazendo (“running” é um gerúndio, e “Joe” modifica aquela estrutura verbal). Normalmente, quase sempre, na verdade, usamos a forma possessiva de um substantivo ou pronome para modificar um gerúndio.
- “I’m worried about Joe’s running in the park after dark.” (Estou preocupado com Joe correndo no parque depois de escurecer.)
Casos Possessivos e Construções Compostas
Isso é diferente do problema que enfrentamos ao criar possessivos com construções compostas como “daughter-in-law” (a nora) e “a friend of mine” (uma amiga minha). Geralmente, o apóstrofo -s é simplesmente adicionado ao final da estrutura composta: “my daughter-in-law’s car” (o carro da minha nora), “a friend of mine’s car” (amigo de um carro meu). Se isso soar um pouco errado, use a construção gramatical “of” (de) para evitar o apóstrofo: “the car of a friend of mine” (o carro de um amigo meu), etc. Isso é especialmente útil em estruturas compostas pluralizadas: “the daughters-in-law’s car” (o carro das noras) soa muito estranho, mas está correto. Estamos melhor com “the car of the daughters-in-law” (o carro das noras).
Casos Possessivos com Apostos
Quando um substantivo possessivo é seguido por um aposto, uma palavra que renomeia ou explica esse substantivo, o apóstrofo + s é adicionado ao aposto, não ao substantivo. Quando isso acontece, descartamos a vírgula que normalmente segue a frase do aposto.
- “We must get Mr. Smith, the family attorney’s, signature.” (Precisamos pegar do senhor Smith, do advogado da família, a assinatura.)
Crie tais construções gramaticais com cautela, do contrário, você pode acabar escrevendo algo que parece bobo ou incorreto como no exemplo abaixo:
- “I wrecked my best friend, Bob’s car.” (Eu destruí meu melhor amigo, o carro de Bob.)
Frequentemente, é melhor usar a forma “genitiva”, escrevendo algo como “We must get the signature of Joe Bidwell, the family attorney” (Precisamos obter a assinatura de Joe Bidwell, o advogado da família) e “I wrecked the car of my best friend, Bob.” (Eu destruí o carro do meu melhor amigo, Bob).
Casos Possessivos Duplos
O que nós devemos dizer, “a friend of my uncle” (um amigo do meu tio) ou “a friend of my uncle’s” (um amigo do meu tio)? Primeiro perceba que ambas as traduções são iguais, mas em português, como já foi explicado, as regras para casos possessivos são diferentes. Mas, continuando com o uso dos termos em casos possessivos na língua inglesa, apesar do fato de que “a friend of my uncle’s” parece sobrecarregar a noção de possessividade, geralmente é o que dizemos e escrevemos.
A dupla construção possessiva é às vezes chamada de “pós-genitivo” ou basicamente, é seguida por um caso possessivo ou um pronome possessivo absoluto. O duplo possessivo existe a muitos e muitos anos, e é amplamente aceito. É extremamente útil, por exemplo, distinguir entre “a picture of my father” (uma foto do meu pai), em que vemos o pai em uma foto e “a picture of my father’s” (uma foto do meu pai), ou seja, uma foto que ele possui. Falantes nativos notarão o quanto é mais natural dizer “He’s a fan of hers” (Ele é fã dela) do que “he’s a fan of her” (ele é fã dela).
Geralmente, o que segue o “of” (de) em um duplo possessivo será definido e humano, não de outra forma, então diríamos “a friend of my uncle’s” (um amigo do meu tio) mas não”a friend of the museum’s (um amigo do museu), aqui se deve usar “museum” ao invés de “museum’s”. O que precede o “of” (de) é geralmente indefinido (“a friend”, não “best friend”), a menos que seja precedido pelos demonstrativos “this” (isto) ou “that” (aquilo), como em “this friend of my father’s” (este amigo do meu pai).
Agora que você já aprendeu e explorou diversas maneiras de montar o seu caso possessivo em diferentes frases, não deixe de praticar. É importante manter o treino constante para se atingir a naturalidade na hora de lidar com os diferentes casos e funções que a língua inglesa exige. Por isso, busque estar sempre atualizado assistindo diálogos de séries e filmes, ouvindo músicas ou lendo livros em inglês, além de tentar preencher alguns exercícios e também exercitar a estrutura gramatical nos seus próprios textos e diálogos.
Continue praticando e até a próxima!