Olá, leitor!
Para que o aluno possa planejar melhor sua agenda e, até mesmo, seus objetivos pessoais e profissionais, convém saber quanto tempo uma atividade levará para ser concluída.
Se for uma habilidade a ser aprendida, como o inglês, essa informação é mais crucial ainda, pois o inglês é o ponto de partida para muitas realizações.
Mas, quanto tempo de estudo é necessário para que o aluno alcance a fluência no idioma? Essa é a pergunta que todo aluno faz, quando inicia seus estudos (ou mesmo antes disso).
No entanto, a resposta não é um número exato de horas ou meses. Especialistas costumam usar a medida de Guided Learning Hour (GLH), sigla em inglês para Horas de Estudo Guiado.
Ela serve para calcular a quantidade de horas, sob a orientação de um professor, que o aluno gastará para atingir o seu objetivo.
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Variações do tempo de estudo para se tornar fluente em inglês
No entanto, por conta de o ensino de inglês se tratar de uma ciência, intimamente, atrelada à natureza humana, esse número sofre alterações mediante diversos fatores. Tais como:
– O ponto de partida do aluno
Todos começam com alguma bagagem. É errado pressupor que o aluno iniciante não sabe nada. Ele pode ter tido algum contato informal com o inglês de diversas formas diferentes. Também, no caso de turmas, não é certo presumir que todos estão no mesmo nível, exatamente, pelo mesmo motivo.
– Carga horária das aulas
O mais comum, em cursos tradicionais são cursos com duas horas de aulas. Uma ou duas vezes por semana. Porém, essa frequência pode variar. E esse ritmo pode impactar, diretamente, no rendimento do aluno. Talvez ele necessite de uma hora de estudo diário, por exemplo, para ter seu rendimento no máximo. Talvez quatro horas, num sábado, sejam o ideal.
– Atividades extraclasse
Como qualquer disciplina, sabemos que o aprendizado não termina quando a aula se encerra. Qual é o nível de imersão ao qual o aluno se submete durante a semana? Ele complementa seu aprendizado com leituras, filmes ou músicas? Novamente, o tipo de conteúdo, recomendado, a ser consumido também pode variar. Alguns alunos têm maior facilidade em contato com material relacionado à aula. Outros preferem recorrer a assuntos do seu interesse.
– O ritmo
Nesse caso, não é o ritmo das aulas. Mas o próprio ritmo do aluno. Como dito anteriormente, cada pessoa tem uma bagagem diferente. E isso impacta, diretamente, na facilidade, ou não, que o aluno tem para aprender um idioma estrangeiro.
– Metodologia utilizada
Existem diversas metodologias utilizadas atualmente. Desde as mais arcaicas, que utilizam de traduções e um foco excessivo na gramática, até métodos mais atualizados. Um desses que vem se destacando é o Método da Universidade de Harvard, que consiste em ensinar o inglês ao aluno, da mesma forma que este aprendeu seu idioma materno. Nele, você adquire, tanto o vocabulário, quanto a gramática, por associação, da mesma forma que um nativo aprendeu. Enfim, a metodologia inadequada, pode atrasar, em muito, a evolução do aluno.
– Qualidade das aulas
A metodologia precisa ser transmitida ao aluno de alguma forma. Ela se apoia em algo. No caso, o professor precisa ser capacitado a transmitir o conteúdo, adequadamente, ao aluno, respeitando suas dificuldades e facilidades. E o professor, também, precisa estar apoiado por um material de qualidade.
– Tamanho das turmas
Aqui temos uma pegadinha. Costuma-se dizer que, quanto menor a turma, mais o aluno terá a atenção do professor. Por outro lado, quanto maior a turma, mais os alunos poderão interagir e consolidar o conhecimento, de forma horizontal. No ensino de um idioma isso é ainda mais importante, visto que a comunicação é o objetivo final do curso.
Quando estamos analisando uma escola de inglês tradicional, o mínimo necessário para o aluno adquirir o nível avançado, é o de 800 Horas de Estudo Guiado.
Logicamente, existem outras formas, como o Método da Universidade de Harvard, já citado acima. Porém estamos falando de um padrão mais tradicional, que visa deixar o aluno num nível equiparado ao do professor.
Devemos lembrar, também, que estamos contando o aprendizado em horas e não em meses ou anos. A razão é simples: um aluno que estudo uma hora todos os dias, por um ano, terá quase o dobro de contato que um aluno que faz apenas duas horas semanais, ao cabo de dois anos.
Seja qual for a frequência escolhida como adequada, o importante é manter uma certa regularidade, para maximizar os resultados.
Tempo calculado para atingir a fluência em inglês de acordo com a medida CEFR
Para facilitar o entendimento dos alunos e, consequentemente, ajudá-los a escolher a escola onde farão seus estudos, já existe, a algum tempo, uma forma de medir o nível de proficiência do inglês.
Essa medida oficial é chamada de Common European Framework of Reference (CEFR), sigla para Arcabouço Europeu Comum de Referência. Apesar do nome, ele é usado dentro e fora do Velho Continente. Vamos explicar um pouco mais sobre ele.
A1 – Iniciante (entre 80 e 100 horas)
É o aluno capaz de entender expressões comuns e usar frases feitas para comunicar-se. Seu entendimento vem do contexto em que as palavras e frases são usadas. O aluno nesse nível é capaz de descrever aspectos simples da sua vida e se fazer entender em assuntos não muito complexos. Desde esse nível, ele já pode comunicar-se com nativos. Porém, nesses casos, é necessária uma certa cooperação desses últimos. Eles devem falar clara e pausadamente. E terem um certo grau de paciência com o iniciante. A boa notícia é que, geralmente, nativos tendem a auxiliar um iniciante esforçado.
A2 – Básico (entre 180 e 200 horas)
Aluno considerado capaz de entender assuntos familiares. Ele será capaz de receber e fornecer informações acerca de assuntos como suas informações pessoais e profissionais e de sua família. Bem como orientar-se na cidade e fazer compras, por exemplo. Assuntos corriqueiros. O aluno é capaz de pedir orientações e mesmo orientar sobre esses temas. Desde que sejam informações pontuais, sem muito aprofundamento, o que necessitaria um vocabulário e prática maiores. É capaz de fornecer opiniões limitadas, durante uma reunião ou planejamento.
B1 – Intermediário (entre 350 e 400 horas)
Nesse estágio, o aluno está apto a viajar para um país falante de inglês, sem maiores complicações. Seu vocabulário e confiança, lhe permitem lidar com as situações mais comuns nesses países. Numa conversa, é capaz de entender o foco do assunto, através do contexto, sem se perder. É capaz de produção textual simples sobre as áreas de interesse ou convívio frequente. Quando solicitado, é capaz de elaborar uma descrição satisfatória de eventos passados ou planejados. Em discussões, apresenta melhora, ainda que limitada.
B2 – Usuário Independente (entre 550 e 600 horas)
O aluno que chega nesse nível já possui a capacidade de entender conteúdos mais complexos. Não se limita apenas a conteúdos práticos, mas já consegue entender conteúdos tanto abstratos e metafísicos, quanto técnicos e detalhados de áreas de interesse. Quando me contato com falantes nativos, a comunicação fluirá sem que nenhuma das partes precise esforçar-se para compreender ou ser compreendido pela outra. Quanto aos textos que o aluno elabora, o nível de detalhamento e clareza já está elevado, não importando o conteúdo proposto. Em discussões, pode ter voz ativa e defender pontos de vista, sem embaraços.
C1 – Proficiência Eficaz (entre 750 a 800 horas)
Já é capaz de ler textos, não importando o tamanho e compreendê-los, mesmo que estes exijam muito dele. É capaz de encontrar sentidos nas entrelinhas e ideias que não estão tão patentes aos leitores iniciantes. Seu vocabulário lhe permite uma comunicação clara e eficiente, como se estivesse usando seu idioma materno. Não enfrenta situações em que se esquece de uma palavra ou expressão idiomática. Pode, sem embaraços, usar o idioma para qualquer fim, seja ele pessoal ou profissional. Sua produção de textos, gera obras extensas, com clareza e sem erros estruturais. Também apresentam um nível de detalhamento e uma complexidade notáveis. Não tem mais a necessidade de fazer uso de legendas para entender qualquer filme.
C2 – Domínio Pleno (entre 1000 e 1200 horas)
O aluno já não encontra mais qualquer dificuldade em entender toda a informação a que é exposto. Por outro lado, consegue apresentar informação detalhada e compilada de várias fontes, sem qualquer problema. Consegue detalhar e sintetizar um assunto com a mesma facilidade. Consegue, numa conversa, perceber leves nuances, nas mais diversas situações, que escapariam a ouvidos menos treinados. Já tem o inglês como segundo idioma.
Essas nomenclaturas são usadas, já há alguns anos por diversos livros, para orientar os alunos e professores. Também convém usá-las para definir seu nível de proficiência, em apresentações profissionais.
Como se vê, existe uma variação considerável para o tempo dedicado para se adquirir um certo nível.
Dica de Ouro
Vale lembra ao aluno interessado em aprender este ou qualquer outro idioma que, parte fundamental do aprendizado passa por ele próprio.
Não importa qual método você escolha: uma escola tradicional ou o Método da Universidade de Harvard. Seus motivos para aprender o inglês influenciam diretamente na dedicação que você vai empregar em seus estudos.
E a dedicação aos seus estudos é que vai determinar os seus resultados, aumentando ou abreviando o tempo necessário para se dominar o idioma.
Por isso, busque incorporar o prazer e assuntos de seu interesse, quando estiver estudando.
Afinal, é mais fácil aprender sobre o que gostamos, em lugar de algo que fazemos apenas por obrigação.
Esperamos tê-los ajudado, bons estudos, muito obrigado e até a próxima!